A história do Biofeedback
Da Descoberta da Bioeletricidade aos Avanços da Terapia Moderna
A história do biofeedback é uma jornada fascinante que se inicia com as primeiras descobertas da bioeletricidade e evolui até às modernas terapias e tecnologia baseadas neste mesmo método.
A seguir, exploraremos a história e as descobertas científicas que ajudaram a transformar o biofeedback numa abordagem de ponta para o equilíbrio e o bem-estar.
Luigi Galvani e a Bioeletricidade (1791)
Em 1791, Luigi Galvani descobriu que, músculos de rãs, contraíam-se em resposta a impulsos elétricos, sugerindo a presença de bioeletricidade nos organismos vivos.
Esta descoberta abriu caminho para a compreensão de que existiam correntes elétricas a interagir em diversas funções biológicas – uma base essencial para as terapias biofeedback.
Emil du Bois-Reymond e a Eletricidade no Sistema Nervoso (1840s)
Na década de 1840, o fisiologista Emil du Bois-Reymond ampliou as descobertas de Galvani ao identificar a atividade elétrica no sistema nervoso humano.
Esta descoberta reforçou a ideia de que a eletricidade desempenha um papel vital no funcionamento do corpo, providenciando uma visão mais clara de como monitorar e ajustar estes sinais elétricos do corpo.
Hans Berger e EEG (1924)
O neurologista Hans Berger inventou o eletroencefalograma (EEG) em 1924, o que permitiu a monitorização da atividade cerebral em tempo real.
Esta tecnologia é usada em algumas vertentes do biofeedback para medir e ajustar padrões cerebrais, promovendo equilíbrio emocional e redução de stress com a intervenção do paciente.
Neal Miller e o Sistema Nervoso Autonomo (1950s)
Neal Miller demonstrou na década de 1950 que o sistema nervoso autónomo podia ser influenciado externamente, o que abriu o caminho para tecnologias de biofeedback que ajudariam o corpo a atingir o equilíbrio de forma consciente. Esta pesquisa possibilitou o desenvolvimento de dispositivos que operam com o intuito de auxiliar na autorregulação e bem-estar.
Robert E. Becker e a Regeneração Bioelétrica (1960s-1980s)
Robert E. Becker, Investigador e Diretor Médico do Departamento De Cirurgia Ortopédica do Veterans Administration Hospital, fez descobertas inovadoras sobre a regeneração bioelétrica nos anos 1960 e 1980.
Ele estudou a capacidade regenerativa de organismos e demonstrou que campos elétricos desempenham um papel crucial na regeneração e cicatrização de tecidos. Becker teorizou que a bioeletricidade é fundamental para o sistema de auto-regulação do corpo, uma base que inspiraria avanços em dispositivos de biofeedback.
Becker também estudou as propriedades elétricas do osso, revelando que estímulos elétricos específicos podiam incentivar a regeneração óssea. Essas descobertas pioneiras mostraram o potencial terapêutico da bioeletricidade, lançando as bases para dispositivos modernos que usam baixas frequências para auxiliar no equilíbrio do corpo.
Elmer e Alyce Green e o Interesse Clínico (1960s-1970s)
O casal Green e a sua equipa no Menninger Clinic foram pioneiros na aplicação prática do biofeedback, usando dispositivos para monitorizar e corrigir automaticamente padrões de tensão muscular e stress.
O que os Green e a sua equipa observaram foi que o biofeedback podia ser utilizado para ajustar funções autonomas, como frequência cardíaca e temperatura corporal. Essa mesma ideia influenciou o desenvolvimento de tecnologias atuais.
Biofeedback no século XXI: Dispositivos e Tecnologias Avançadas
No século XXI, o biofeedback evoluiu de forma significativa, integrando tecnologia avançada que torna o monitoramento e a regulação do corpo mais acessíveis e eficazes.
Embora com funcionalidades mais básicas, mas numa escala mais acessível, os famosos ‘wearables’ (smartwatches e monitores de atividade física) tornaram-se extremamente populares.
Desta forma, os utilizadores têm a possibilidade de acompanhar a sua atividade física, frequência cardíaca, níveis de stress e qualidade do sono em tempo real, permitindo que os utilizadores aprendam a regular as suas respostas corporais, promovendo um estado de equilíbrio e saúde.
Numa perspetiva mais avançada e visando os processos de auto-regulação mais abrangentes do corpo, a terapia biofeedback tornou-se um método poderoso para o bem-estar, integrando descobertas científicas ao cuidado com o corpo.
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